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Mercado do vinil rende US$ 1 bilhão às gravadoras

A volta do consumo de discos de vinil no mundo dá sinais que é muito maior que o mercado global esperava. Os famosos “bolachões” estão eclipsando o mercado de CD’s e devem superar as vendas do formato digital muito em breve.

E mais surpreendente que isso, com o boom dos vinis, a indústria musical deve superar a do cinema, algo impensável há algumas décadas. A indústria dos filmes passou por uma desidratação financeira, com suas receitas caindo de US$ 41,9 bilhões em 2019 para US$ 33,2 bilhões atualmente.

 

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Esse cenário foi apresentado em um recente relatório da Pivotal Economics, assinado por Will Page, ex-economista-chefe da plataforma de streaming Spotify, que vem monitorando o mercado musical global nos últimos 10 anos.

Segundo os dados de Page, somente nos EUA, as vendas dos discos de vinil devem render US$ 1 bilhão para as gravadoras em 2024, ultrapassando as receitas de CD’s e isso não ficará circunscrito apenas no país norte-americano: o efeito será global.

Vinil: esta é a segunda vez que o formato supera o CD desde 1987

Só as vendas unitárias de vinil já estão superando as dos CD’s. Quem faz este apontamento é a RIAA (Recording Industry Association of América) que registrou 43 milhões vendas de discos de vinil em 2023. Isso é 6 milhões de unidades a mais referentes às vendas de CD’s no mesmo período.

Ainda de acordo com a RIAA, esta é a segunda vez que o vinil supera o CD desde 1987.

Essa “explosão” no consumo do formato se deve ao interesse das gerações A e Z pelo formato, considerando que elas nasceram em um ambiente digital onde a música é intangível, pelo seu acesso às plataformas digitais. Mas elas passaram a conhecer o vinil e ter a sensação natural de ter um objeto ligado aos seus ídolos.

Junta-se a esse fato às restrições de produção destes discos, onde as fábricas não deram conta de uma demanda tão alta. Porém, para sanear esse problema, novas empresas fabricantes de discos de vinil entraram no cenário internacional: Record Industry (Holanda), Pressing Business (Polônia) e GZ (Republica Tcheca) que reforçaram a capacidade de produção do formato em nível global.

Marcelo de Assis

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