Somebody That I Used to Know é um daqueles casos raros de uma canção que se torna um fenômeno global quase da noite para o dia. Lançada em 5 de julho de 2011, a faixa é uma colaboração entre o cantor belga-australiano Gotye e a cantora neozelandesa Kimbra, e faz parte do álbum Making Mirrors.
A música é uma balada art pop com elementos de rock alternativo e worldbeat, marcada por sua instrumentação minimalista e atmosfera melancólica. Um detalhe curioso: a base instrumental da faixa é construída sobre um sample da música Seville (1967), do brasileiro Luiz Bonfá, o que dá à canção um toque exótico e nostálgico.
Agora esta, que é uma das faixas mais emblemáticas do século XXI, acaba de ganhar uma edição especial em disco de vinil compacto (7 polegadas) que já está disponível no site oficial da Republic Records, empresa da Universal Music, pelo valor de US$ 17,99 (cerca de R$ 99,18 no câmbio atual. Taxas podem ser aplicáveis).
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A letra retrata o fim de um relacionamento sob dois pontos de vista. Gotye canta sobre a dor de ser descartado como se nunca tivesse significado nada, enquanto Kimbra responde com sua própria versão dos acontecimentos, revelando ressentimentos e mágoas. É uma troca intensa e emocional, com versos como: “But you didn’t have to cut me off / Make out like it never happened and that we were nothing”.
O clipe, dirigido por Natasha Pincus, é visualmente marcante: Gotye e Kimbra aparecem nus contra um fundo branco, sendo gradualmente cobertos por padrões geométricos pintados em stop motion. A estética crua e simbólica reforça o tema de desconexão e fragmentação emocional.
Gotye: o grande sucesso de ‘Somebody That I Used to Know’
Somebody That I Used to Know foi um estrondo comercial: alcançou o 1º lugar em mais de 25 países, incluindo EUA, Reino Unido, Austrália e Brasil, vendendo mais de 13 milhões de cópias em todo o mundo. Além disso, foi a música mais vendida de 2012 em vários países e conquistou o Grammy de Gravação do Ano em 2013.
Gotye gravou a faixa na casa dos pais, na Península de Mornington, na Austrália e ela foi inicialmente recusada por outras cantoras antes de Kimbra ser convidada — e ela gravou sua parte em apenas um dia. Apesar do sucesso, Gotye optou por não monetizar o videoclipe no YouTube, recusando anúncios para manter a experiência artística intacta.
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