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Em um desfecho favorável para os artistas Karol G e Tiësto, o processo judicial que alegava plágio na faixa Don’t Be Shy foi oficialmente encerrado. A ação, movida pelo compositor cubano-americano Rene Lorente, acusava os músicos de copiar elementos de sua canção de 1998, intitulada Algo Diferente. No entanto, após análise técnica e jurídica, o tribunal decidiu que não havia evidências suficientes para sustentar a alegação de violação de direitos autorais.
O processo foi iniciado com base na alegação de que Don’t Be Shy, lançada em agosto de 2021 como parte do sétimo álbum de estúdio de Tiësto, apresentava semelhanças substanciais com a música de Lorente. Segundo o compositor, as duas faixas compartilhavam aspectos como melodia, ritmo, harmonia e estrutura. Ele chegou a solicitar uma indenização de US$ 3 milhões, alegando sofrimento emocional, humilhação e danos à sua reputação.
No entanto, para que um caso de plágio seja validado judicialmente, é necessário provar que os acusados tiveram acesso à obra original e que as semelhanças não são coincidências ou fruto de elementos musicais comuns. Foi justamente nesse ponto que a acusação perdeu força.
Durante o julgamento, o tribunal avaliou o relatório de um especialista musical contratado por Lorente. Esse relatório foi duramente criticado pelo juiz, que o considerou “sem rigor intelectual” e apontou erros técnicos, como a identificação incorreta de acordes. O especialista foi considerado não qualificado para emitir uma análise confiável, o que enfraqueceu ainda mais a acusação.
Além disso, o juiz concluiu que não havia provas de que Karol G ou Tiësto tivessem conhecimento prévio da música Algo Diferente. Sem essa conexão direta, a alegação de plágio não se sustenta, já que o acesso à obra original é um dos pilares fundamentais em casos de violação de direitos autorais.
A vitória de Karol G e Tiësto não apenas encerra um capítulo jurídico, mas também reforça a legitimidade criativa dos artistas. Don’t Be Shy marcou a estreia de Karol G cantando em inglês e foi amplamente elogiada por sua produção vibrante e vocais envolventes. Tiësto, por sua vez, destacou na época do lançamento que ficou imediatamente impressionado com a suavidade da voz da cantora na faixa.
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A decisão judicial também serve como um lembrete sobre os limites da proteção autoral na música. Elementos como progressões de acordes, ritmos comuns e estruturas harmônicas básicas são frequentemente compartilhados entre diferentes obras e, por si só, não constituem plágio. A originalidade, nesse contexto, está na forma como esses elementos são combinados e apresentados.
Nas redes sociais, fãs dos artistas celebraram o resultado do julgamento, destacando a importância de proteger a liberdade criativa na indústria musical. Especialistas também comentaram sobre o caso, apontando que processos como esse têm se tornado mais frequentes à medida que o acesso à música global se amplia — mas que nem sempre são fundamentados em critérios técnicos sólidos.
A indústria musical tem enfrentado uma série de disputas judiciais envolvendo alegações de plágio nos últimos anos, com casos envolvendo nomes como Dua Lipa, Ed Sheeran e outros. A decisão favorável a Karol G e Tiësto se junta a uma tendência de maior rigor na análise dessas acusações, exigindo provas concretas e especialistas qualificados.
Com o encerramento do processo, Don’t Be Shy segue como um dos grandes sucessos da música eletrônica recente, livre de qualquer mancha judicial. Karol G e Tiësto reafirmam sua posição como artistas inovadores e comprometidos com a autenticidade de suas criações. E para os fãs, essa vitória é mais do que jurídica — é uma celebração da arte que inspira, conecta e resiste às tentativas de desacreditação.
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