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Como foram os disco de goma-laca, precursores dos discos de vinil

Os discos de goma-laca, também conhecidos como discos de 78 rotações por minuto (rpm), representam um marco na história da música gravada. Introduzidos no final do século XIX por Emil Berliner, esses discos foram os primeiros a popularizar a reprodução sonora em larga escala.

Feitos de uma mistura de goma-laca, carvão e calcário, eles eram mais frágeis do que os discos de vinil que os sucederam, mas desempenharam um papel crucial na evolução da indústria fonográfica.

Inicialmente, os discos de goma-laca eram gravados por métodos acústicos e mecânicos, utilizando grandes conchas acústicas para captar o som. A partir de 1925, a introdução da gravação elétrica trouxe melhorias significativas na qualidade sonora, permitindo a captação de uma gama mais ampla de frequências e a redução de ruídos. Cada lado de um disco de goma-laca tinha capacidade para armazenar entre 2 e 3 minutos de áudio, o que influenciou o formato das músicas da época.

 

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Esses discos eram reproduzidos em gramofones e tocadores manuais, que utilizavam agulhas específicas para ler as ranhuras gravadas. Com o tempo, os toca-discos evoluíram para modelos elétricos, como as Radiolas, que garantiam maior precisão na reprodução. Apesar de sua popularidade, os discos de goma-laca começaram a perder espaço para os discos de vinil a partir de 1948, quando o novo formato foi introduzido, oferecendo maior durabilidade e capacidade de armazenamento.

Discos de Goma-Laca: itens de colecionador

Hoje, os discos de goma-laca são itens de colecionador, valorizados por sua importância histórica e raridade. Eles preservam registros de uma era em que a música gravada era uma novidade revolucionária, incluindo performances de artistas icônicos e gravações de eventos históricos. Museus e colecionadores ao redor do mundo se dedicam a preservar esses discos, reconhecendo seu papel na construção da cultura musical moderna.

Embora tenham caído em desuso, os discos de goma-laca continuam a fascinar entusiastas e historiadores. Eles representam não apenas um avanço tecnológico, mas também um testemunho da evolução cultural e artística da humanidade.

Em um mundo cada vez mais digital, esses discos nos lembram da importância de preservar o passado e celebrar as inovações que moldaram a forma como consumimos música hoje.

Marcelo de Assis

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