O Supertramp é um daqueles raros casos em que a fusão entre o experimental e o acessível resultou em uma sonoridade única e duradoura.
Formada em 1969, em Londres, por Rick Davies, a banda passou por diversas transformações até alcançar o estrelato mundial, especialmente durante a década de 1970. Combinando elementos de rock progressivo, pop rock, jazz e música clássica, o grupo conquistou milhões de fãs ao redor do mundo com letras introspectivas, arranjos sofisticados e performances marcantes.

O Supertramp nos anos 1980 / Reprodução / Spotify
Inicialmente chamada de Daddy, a banda mudou seu nome para Supertramp inspirada no livro The Autobiography of a Super-Tramp, de W.H. Davies. A formação original incluía Rick Davies (teclado e vocais), Roger Hodgson (baixo, guitarra e vocais), Richard Palmer (guitarra) e Keith Baker (bateria). Após mudanças na formação e dois álbuns com recepção modesta, o grupo encontrou sua identidade definitiva com a entrada de John Helliwell (saxofone), Bob Siebenberg (bateria) e Dougie Thomson (baixo), consolidando a chamada formação clássica.
Através de seu contrato com a lendária gravadora A&M Records, foi com o álbum Crime of the Century (1974) que o Supertramp alcançou reconhecimento internacional. A partir daí, vieram obras-primas como Crisis? What Crisis? (1975), Even in the Quietest Moments… (1977) e o estrondoso sucesso Breakfast in America (1979), que vendeu mais de 20 milhões de cópias.
Supertramp: a separação e os novos rumos
Em 1983, Roger Hodgson deixou a banda para seguir carreira solo, o que marcou uma mudança significativa na sonoridade do grupo. Rick Davies assumiu o controle criativo e lançou álbuns como Brother Where You Bound (1985) e Free as a Bird (1987), este último com sonoridade mais voltada ao pop e ao jazz. Apesar de não repetirem o sucesso comercial da era clássica, esses discos mantiveram a essência criativa da banda.
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O Supertramp é lembrado não apenas por seus sucessos nas paradas, mas também por sua habilidade em criar músicas que equilibram complexidade musical e apelo popular. Suas letras abordam temas como alienação, identidade, crítica social e espiritualidade, sempre com um toque de ironia e sensibilidade.
Mesmo com o passar das décadas, o som do Supertramp continua atual e relevante. Seja pela sofisticação dos arranjos, pelas letras atemporais ou pela combinação inusitada de estilos, a banda permanece como uma referência obrigatória para quem aprecia música com profundidade e personalidade.
Se você está começando a explorar a discografia da banda ou quer revisitar seus maiores momentos, aqui estão 20 faixas que capturam a essência do Supertramp:
1. The Logical Song
2. Dreamer
3. Breakfast in América
4. Goodbye Stranger
5. Take the Long Way Home
6. Give a Little Bit
7. School
8. Bloody Well Right
9. Rudy
10. Crime of the Century
11. Hide in Your Shell
12. Fool’s Overture
13. It’s Raining Again
14. From Now On
15. Cannonball
16. My Kind of Lady
17. Gone Hollywood
18. Just Another Nervous Wreck
19. Child of Vision
20. Ain’t Nobody But Me
