Os compactos de vinil, conhecidos como singles ou EP’s (Extended Plays), têm despertado interesse renovado no século 21, mas sua força no mercado ainda é um tema de debate.
Esses discos, que geralmente possuem uma ou duas músicas por lado, foram populares entre as décadas de 1950 e 1980, servindo como uma forma acessível de consumir música e como ferramenta promocional para artistas. No entanto, com o advento do streaming e das plataformas digitais, os discos de vinil de 7 polegadas perderam espaço, sendo relegados a um nicho de colecionadores e entusiastas.
Nos últimos anos, o renascimento do vinil como um todo trouxe os compactos de volta ao radar. Artistas contemporâneos têm lançado singles e EP’s em discos de vinil como parte de edições limitadas ou pacotes especiais, atraindo superfãs e colecionadores. Esse movimento é impulsionado pela busca por exclusividade e pela experiência tátil que o vinil proporciona. Além disso, o apelo estético dos compactos, muitas vezes com capas artísticas e design diferenciado, contribui para seu charme.
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No entanto, os compactos enfrentam desafios significativos no mercado atual: enquanto os LP’s (Long Plays) oferecem uma experiência mais completa, com álbuns inteiros e maior duração, esses discos menores são vistos como menos práticos, especialmente em um mundo onde o streaming domina o consumo musical. Além disso, o custo de produção de compactos é relativamente alto em comparação ao retorno financeiro, o que limita sua viabilidade comercial em larga escala.
Compactos são procurados até em lojas online
Apesar disso, há sinais de que os compactos podem encontrar seu espaço neste século. O mercado de nicho, composto por colecionadores e fãs dedicados, continua a crescer. Feiras de discos, lojas especializadas e plataformas online têm registrado aumento na demanda por compactos raros e edições limitadas. Além disso, o formato é frequentemente utilizado por artistas independentes como uma forma de se destacar e criar uma conexão mais íntima com seu público.
Esse formato clássico têm potencial para se manterem relevantes no século 21, mas provavelmente continuarão a ocupar um nicho no mercado musical. Sua força dependerá de estratégias criativas de artistas e gravadoras, bem como do interesse contínuo por formatos físicos em um mundo cada vez mais digital.
Enquanto isso, os compactos permanecem como um símbolo de nostalgia e autenticidade, celebrando a história e a evolução da música gravada.
